Através de anos de estudo, de diversas teorias, de toda a psicologia envolvida e de muito se falar sobre o assunto, tudo que se sabe e se conhece sobre criatividade e processos criativos se resume em uma analogia do nosso corpo (que por sinal, dá o título ao texto), ou indo além: tudo junto e misturado.

Na década de 1920, um grupo de estudiosos alemães – de psicólogos até sociólogos – estudavam a maneira como nosso cérebro assimilava as informações. Daí chegaram na teoria da Gestalt (o todo unificado, traduzido, na pior das hipóteses sim, como “tudo junto e misturado”).

A definição é de que a nossa mente funciona por adição, associação, dissociação, etc., e podemos trazer isto para o nosso dia a dia fazendo as perguntas certas, investigando, e tentando enxergar as coisas de um modo diferente apenas juntando os pedaços daquilo que já conhecemos, teórica ou empiricamente. Por mais irônico que pareça, juntar os pedaços do que já existe dentro da gente é o melhor que podemos fazer para pensar fora da caixa

 

Tudo o que precisamos, faz parte do nosso repertório, e este é o ponto chave para qualquer profissional que precise ou pense em ser criativo. Já temos tudo dentro de nós para sermos criativos e criarmos soluções diferentes para problemas recorrentes. Basta encontrarmos as perguntas certas, arriscarmos caminhos diferentes, e fazermos as conexões corretas, e claro, buscar fontes de informação que tenham a capacidade de expandir nosso conhecimento e nossa visão de mundo.

Assim, somos fruto do meio em que vivemos, e de cada escolha que fazemos. Do livro que lemos, a musica que escutamos, o programa de televisão que assistimos, e o tipo de arte que temos contato. Tudo tem influência na nossa maneira de pensar, construir um raciocínio e criar. Por isso a metáfora com a afirmação sobre nosso corpo vale. Você é o que você come.

Em um resumo gastronômico, há uma coisa mais importante que recorrer a todos os estudos, todas as teorias e toda a psicanálise tentando ativar processos revolucionários a fim de buscar mais criatividade. O negócio é, e sempre foi bem mais simples que isso. Basta comer a comida certa.