Nunca foi tão fácil desenvolver a identidade visual de uma marca, sem perceber o Design como um diferencial competitivo. Em uma rápida busca pela internet, encontram-se empresas que oferecem logotipos em menos de 48 horas, sites pré-moldados e uma infinidade de peças gráficas, da capa para Facebook a materiais de escritório.
Ao mesmo tempo, nunca foi tão difícil encontrar marcas que estejam dispostas a investir em branding como estratégia de crescimento e que entendam o Design como parte disso. Ser mais do mesmo no mundo do Design é sinônimo de não se destacar no mercado e não ser visto de forma competitiva.
É tudo isso que queremos mostrar para você no artigo de hoje!
Muito além da identidade visual
A importância de ter uma identidade visual não é recente. A preocupação de tornar uma marca conhecida, por meio dos símbolos que a representam, pode ser detectada mesmo no antigo ato de marcar o gado com ferro quente, para que se fosse atestada a origem do animal.
Apesar disso, foi nas primeiras décadas do século XX que a identidade visual corporativa ganhou destaque, com uma capacidade de gerar identificação e de encantar o público. Essa aposta, que no Brasil, surgiu com iniciativas de propaganda do governo e estendeu-se para empresas privadas, marca a participação da identidade visual nas relações de conhecimento e reconhecimento da sociedade moderna.
Ok, a identidade visual é importante. Mas, o que muitas marcas não percebem, é que a importância do design vai além da identidade visual. Ela passa, principalmente pelo Branding e pelo entendimento da marca como o capital mais importante de uma empresa.
Branding e Design como diferenciais
Branding pode ser definido como gestão de marcas. A atividade é conduzida pelo conceito de brand equity, que é descrito por Francisco Serralvo (PUC-SP) como:
“Conjunto de atributos intangíveis que a marca consegue transferir para o produto ou serviço da empresa. Ele é representado por todas as associações positivas (funcionais ou emocionais) relacionadas à marca e confere grau de prestígio e distinção”.
Sob a ótica do consumidor, o tal brand equity é o que faz ele pagar mais por um sabonete Dove do que por um outro sabonete qualquer, ou o que lhe faz frequentar uma cafeteria mais badalada e moderna, do que outra ao lado.
Para Marcos Machado, um dos grandes nomes do marketing no país, a construção do brand equity passa por atividades de naming, proteção legal, posicionamento, comunicação e, claro Design.
Por que investir no design para diferenciação
Demos toda essa volta em branding e origens da identidade visual para dizer: a marca de uma empresa pode ser tudo — criativa, conservadora, dinâmica, jovem… —, exceto comum.
É fácil cair na tentação de criar, por conta própria, um logo em sites geradores de logo gratuitos, mas o risco, nessa ação é, é encontrar dezena de marcas parecidas ou, pior, associar a sua a ideias que não condizem com o que ela realmente é.
O que não significa que o design deve ser caro, pelo contrário. Ele deve ser funcional e atender às demandas da empresa. Deve ser, sobretudo, personalizado e contribuir para a construção do brand equity. Deve ser antecedido pelo trabalho de pesquisa, monitoramento da concorrência, diagnóstico e muitos outros.
Tipografia, cores, formato das imagens e linha são elementos que devem ser definidos com cuidado, para refletir os valores e posicionamento da empresa. Não basta ser bonita: a marca, como um todo, deve ser assertiva. E isso não pode ser feito sem um trabalho profissional.
Por isso, na próxima vez em que for tratar sua marca como um produto massificado, pense duas vezes em como isso poderá refletir junto aos seus públicos.