Uma coisa é certa: não há dúvidas de que a sua página é uma potente ferramenta de marketing. Mas se formos pensar em nossa web somente com esta abordagem, pode ser que alguns erros sejam cometidos e que a imagem da marca saia até prejudicada.
Em primeiro lugar, poderíamos nos perguntar: o que os compradores fazem quando estão em busca de algum produto ou serviço? Antecipando a resposta, diríamos que um usuário, antes de mais nada, faz buscas por informações concretas que ajudem a solucionar seus problemas.
Em segundo, como fazem isso? De acordo com um estudo do Acquity Group, quando pensamos em B2B, 94% dos negócios realizam alguma forma de pesquisa online antes de apertar o gatilho da compra. Para citar mais números:
- 77% usa Google search
- 84% checa a página do negócio
- 34% visita outros negócios afins
- 42% lê reviews e testimonials
Já quando falamos de B2C, o comportamento pré-compra apresenta números semelhantes: 80% dos consumidores começam o processo realizando buscas online, de acordo com o Fourth Annual Major Purchase Consumer Study.
Após uma primeira aproximação, seja em B2C ou B2B, fica claro que as pessoas procuram páginas para encontrar informações. De acordo com a My Internet Marketing Partner:
“Visitantes exploradores estão em busca de informação, principalmente sobre os produtos e serviços que você fornece. Como interesse secundário, procuram informações sobre sua companhia. Querem saber exatamente como você pode atender às suas necessidades e, em segundo lugar, por que eles deveriam sua empresa e não um concorrente.”
Por que a Internet é diferente?
Pra começo de conversa, as pessoas que escolheram clicar na sua web expressaram um interesse por sua marca em particular. Isso já se distancia, e muito, da forma de aproximação entre sua página e os clientes. É muito diferente de outros meios, como televisão, rádio, jornais e etc, que atingem pessoas que estão passando por ali. Quem entra na sua web, procura por você.
Um anúncio no jornal pode até atingir uma fatia do seu público-alvo, principalmente porque o meio deve ter um perfil de leitores afins aos que você busca. Mas, mesmo estes, podem não se interessar pela sua marca ou produto.
Ou seja, o objetivo do anúncio é chamar a atenção e despertar o interesse. Acontece a mesma coisa na TV e nos outros meios de comunicação mais tradicionais. Só que as coisas são diferentes no mundo do marketing digital.
Dessa forma, o fato é que digamos que alguém escolheu entrar na sua página. Ele deve ter se interessado por algum conteúdo relacionado à sua marca e clicado, feito uma busca ou mesmo seguido alguma indicação. Independentemente da origem, o que interessa nessa ação é supor que ele deve ter pensado o seguinte:
“Tenho uma necessidade e quero saber se sua proposta pode me ajudar.”
Na maioria das vezes, quando usamos a internet, queremos encontrar respostas para nossos mais variados tipos de perguntas. Pensando dessa forma, vamos voltar à questão do título: sua página não é só uma ferramenta de marketing on-line, ela precisa ajudar o público a encontrar as respostas que procura.
O que acontece é que, quase sempre, estamos mais preocupados em convencer o lead do que, efetivamente, responder às suas perguntas. Na verdade, a ironia é a seguinte: a melhor forma de convencer alguém é resolver seu problema. E isso é feito ao responder todas as dúvidas existentes.
Com isso em mente, se você voltar a pensar na sua página considerando este ponto de vista, é possível que talvez sejam necessárias algumas mudanças tanto na estrutura como no conteúdo da sua web. Na verdade, trata-se de um exercício, de se colocar no lugar do outro.
Mais do que uma ferramenta de marketing, seria…?
Em primeiro lugar, imagine que um usuário que acaba de entrar na sua página pode se perguntar algo como “será que eu vou achar o que quero aqui?”. Neste caso, seria interessante criar uma chamada clara e visível (strapline), que resuma o que você tem a oferecer. Muitas páginas pensam antes em criar straplines mais smarts do que necessariamente informativas.
Naturalmente, também o marketing digital procura convencer e deve, sim, não esquecer desta missão em particular. Por outro lado, é preciso ter em conta os aspectos afirmativos e informativos de nossa página. Algumas vezes, estamos tão preocupados em convencer que falhamos quando é preciso identificar o que o público quer saber.
Os conteúdos da página são um bom ponto de partida para materializar essa forma de completar sua web. Você pode até começar perguntando aos seus clientes quais são suas principais dúvidas e dificuldades. A partir daí, bingo, você tem praticamente um planning de conteúdo feito.
Para ir fechando o artigo, poderíamos refletir se muitas das páginas criadas têm, como base, somente o que querem dizer. Como consequência, o problema é que, por mais que um empreendimento invista na interface, pode não estar melhorando a experiência do usuário como um todo. Esperamos que o post de hoje tenha encontrado com sua dúvida; e oferecido uma resposta.